Fomos convidados pela Marina Bruschi, velejadora e coordenadora
do Museu Nacional do Mar, para exibição do filme e lançamento do livro MAR ME
QUER da jornalista carioca Isabella Souza Nicolas. O evento ocorreu nessa sexta-feira
à noite e reuniu um seleto grupo de entusiastas da vela e do mar.
Marina, uma anfitriã exemplar, logo da nossa chegada fez
questão de nos apresentar à Isabella. Pessoa simpaticíssima, Isabella atendeu a
todos com seu carisma e extroversão, interessando-se por cada um que lhe
abordava e, educada, perguntava de onde cada qual tinha vindo ou parte de sua
história, interessando-se genuinamente e deixando assim, os convidados bem à
vontade. E foi nesse clima descontraído e informal que o evento foi conduzido,
inclusive Isabella, logo que entrou na sala do Museu que dá acesso ao
auditório, ficou encantada com as baleeiras catarinenses e a sala feita
especialmente para elas e sua história, que pediu à Marina para que o filme
fosse exibido ali mesmo, em meio aos barcos; lugar muito oportuno, sem dúvida.
Naturalmente comunicativa, nos contou várias histórias de
bastidores muito interessantes. Confidenciou que a única equipe brasileira a
participar de uma edição da Volvo Ocean Race com o barco Brasil 1, teve o
orçamento de apenas um terço comparado às outras equipes, fato impressionante que
evidencia a garra do Capitão e um dos maiores medalhistas olímpicos do mundo,
Torben Grael, à frente do time de persistentes e experientes velejadores que
conseguiram um feito elogiável e digno de orgulho aos brasileiros, um honroso e
incrível 3º lugar geral no maior evento náutico do planeta.
O livro e documentário traçam um fio histórico que liga os
motivos de nosso “descobrimento” até o panorama da Vela atual passando pelos
anos românticos e também vitoriosos de um esporte que teima em manter-se
elitista, pelo menos na visão do populacho, fato esse que não agrada a classe e
nos intriga quanto ao fato de termos um litoral imenso e tão pouco utilizado,
ou no máximo, subutilizado, pois o brasileiro vai até a arrebentação para pegar uma onda e então retorna até a praia.
A Vela, um esporte acessível desde a classe média baixa, mas que não desperta
ainda interesse é realmente uma incógnita analisada no filme, porém sem resposta
plausível.
Sem sombra de dúvida uma noite memorável que acrescentou
sobremaneira culturalmente ao público presente e que só reforça
imensuravelmente o papel de propagador do saber e cultura marítima, o Museu
Nacional do Mar, desde o transeunte despretensioso até o ávido e interessado
visitante que quer agregar à sua bagagem cultural e, porque não, espiritual.
Nossa família parabeniza a iniciativa, dedicação e
organização do evento na pessoa da Marina Bruschi, agradecendo a oportunidade
ímpar de conhecer Isabella Nicolas, importante sistematizadora da história da
Vela no Brasil e incentivadora de tão nobre filosofia de vida.
Bons ventos desde a Babitonga e até a próxima postagem!
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